27/01/2022 às 15h59min - Atualizada em 27/01/2022 às 16h00min

Aprosoja se manifesta contrária ao aumento da taxa nas exportações de milho

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Abrosoja Brasil) se mostrou insatisfeita com o Projeto de Lei (PL) 2814/21 que estabelece aumento de 15% nas exportações de milho até 31 de dezembro de 2022.  Em nota publicada nesta quinta (27) a Aprosoja afirma ser contra qualquer taxação sobre produtos agro e recomenda aos deputados de comissões ligados ao setor que rejeitem a proposta.

“Por ser contrária a taxação de qualquer produto primário, especialmente de milho e de soja, a Aprosoja Brasil recomenda aos deputados das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados que rejeitem a proposta e que, ao invés de tributar os produtores, se debrucem sobre soluções para minimizar os prejuízos causados pela seca nas lavouras”, diz a nota.

O PL 2814/21, de autoria da deputada Soraya Manto (PSL-ES), tramita na Câmara dos Deputados. A proposta autoriza o Executivo a aumentar a alíquota da exportação do grão em até 10 pontos percentuais, até o final deste ano. A justificativa da autora do projeto é que a elevação no preço do milho tem feito os produtores darem preferência ao mercado externo, o que prejudicaria o abastecimento nacional.

Veja a nota da Aprosoja na íntegra:

“Aprosoja Brasil é contrária a qualquer taxação sobre produtos do agro

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), que congrega milhares de produtores de soja e milho, é contrária ao projeto de lei 2814/21, que tramita na Câmara Federal e que estabelece um imposto de 15% sobre a exportação de milho até 31 de dezembro de 2022.

A autora da proposta, a deputada federal Soraya Manato (PSL/ES), argumenta que a alta no preço do milho nos últimos anos tem levado muitos produtores a preferir o mercado externo, prejudicando o abastecimento nacional.

No entanto, a parlamentar não leva em consideração a elevação dos custos de produção, principalmente dos fertilizantes e defensivos agrícolas, fato este que tem reduzido a rentabilidade dos produtores.

A proposta também desconsidera as perdas em razão da seca severa que atingiu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo, trazendo prejuízos enormes aos produtores e ao país.

Por ser contrária a taxação de qualquer produto primário, especialmente de milho e de soja, a Aprosoja Brasil recomenda aos deputados das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados que rejeitem a proposta e que, ao invés de tributar os produtores, se debrucem sobre soluções para minimizar os prejuízos causados pela seca nas lavouras.

Aprosoja Brasil”.

Da Redação.

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