O Instituto Mato-Grossense de Carne (Imac) fez um levantamento que mostra que a carne bovina brasileira se valorizou 12.9% em 2021, mantendo uma média de US$ 3.779 por tonelada. A informação é do site especializado CarneTec.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) informa que os preços dos alimentos cresceram mais de 20% em 202, incluindo a carne.
No caso específico da carne bovina brasileira, essa valorização foi fundamental para a alta das receitas da proteína em Mato Grosso. Foram US$ 1,8 bilhão. Em 2020, a receita chegou a US$ 1,7 bilhão.
A valorização da arroba, com aumento de receita, fica ainda mais clara quando se atesta que o volume exportado no mesmo período foi 9,5% menor do que os embarques de 2020. Foram embarcadas 368,7 mil toneladas. A redução do volume em relação a 2020 é justificado pela ausência das compras chinesas durante 90 dias.
O diretor de Operações do Imac, Bruno Andrade, em nota ao CarfneTec, afirma que “a demanda em 2021 foi aquecida, se a China não tivesse ficado cem dias fora do mercado, provavelmente Mato Grosso teria registrado recorde não apenas em receita, mas também em volume de carne exportado”, garante.
Ainda assim, o país asiático permaneceu como o maior comprador da carne mato-grossense. China comprou 155,4 mil toneladas e com entrada de US$ 823,1 milhões. Quase 50% do total exportado pelo estado.
Hong Kong aparece em segundo lugar e Chile em terceiro lugar, comprando 29,2 mil toneladas e desencaixando US$ 145,3 milhões.
Andrade disse ainda que “é interessante observar no ranking dos principais compradores o valor agregado da mercadoria. Enquanto Hong Kong paga cerca de US$ 3,8 mil por tonelada, nós temos a Itália que paga US$ 7 mil a tonelada. O Brasil precisa trabalhar para diversificar os destinos, mas também para abrir mercado que paga melhor, como é o caso do Japão, por exemplo”.
Da Redação.