A contratação de crédito rural no Brasil aumentou 30% no período de julho a dezembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Isso significa que os produtores rurais contrataram cerca de R$ 159,7 bilhões em crédito.
Com relação ao apoio à comercialização, o montante representa R$17,3 bilhões, 65% a mais que o mesmo período de 2020. Para custeio, a contratação foi 29% superior com montante de R$ 86,8 bilhões. Já com relação ao investimento, a soma atingiu R$ 46,7 bilhões, o que representa 24% de aumento. Por fim, para industrialização, o valor da contratação foi de R$ 8,8 bilhões, um crescimento de 23% com relação a julho e dezembro de 2020.
No entanto, o número total de contratos apresentou queda de 7% em relação ao período anterior, sendo que nos investimentos essa redução foi de 15%, conforme levantamento da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Quando avaliada por região, apenas a Norte teve melhor desempenho tanto na quantidade quanto no valor contratado, com aumentos de 30% e 46% respectivamente. As demais regiões tiveram retração no número de contratos de investimento, segundo informou o Mapa.
A participação dos recursos controlados no valor total das liberações foi de 68%, a mesma observada em igual período da safra anterior. Essa participação foi de 50% para os Recursos Obrigatórios e os da Poupança Rural Controlada.
Os recursos da Poupança Controlada concentraram-se nas finalidades custeio (70%) e investimento (30%), e os da fonte Recursos Obrigatórios foram majoritariamente destinados para custeio (74%) e industrialização (20%).
Ainda de acordo com dados do Mapa, os programas de investimento com maiores recursos contratados foram: Procap-Agro (95%), Moderfrota (65%) e o Pronaf (62%), sendo 83% para os programas que utilizam recursos não equalizáveis.
Já a diminuição das contratações do PCA (-40%) e Prodecoop (-74%) ocorreu em função da alteração, em outubro de 2021, do prazo para registro das operações de 180 dias para dois dias úteis, que por serem de elevado valor e complexas, demandam mais tempo para sua realização. De acordo com os agentes financeiros, essa redução não corresponde ao tamanho das operações de financiamento realizadas por já terem comprometido parte significativa do montante programado com operações em fase de aprovação.
Por fim, os saldos totais dos recursos equalizáveis, remanescentes no final de dezembro de 2021, foram de 36% para os investimentos e de 37% para o custeio, comercialização e industrialização.
Da Redação.