A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que a elevação da tarifa de importação de 12% imposta pela China para a carne suína, não vai reduzir a competitividade do produto brasileiro em relação a outros exportadores. A informação é do site especializado em proteína animal, CarneTec.
Por causa da peste suína africana que estava dizimando os rebanhos do país, a China reduziu, em dezembro de 2019, a tarifa de importação de 12% para 8%. A China é a maior consumidora de carne suína do mundo.
Ricardo Santin, presidente da ABPA disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16) que “O Brasil já vendia bem pra China com tarifa de 12%. Agora, ela voltou para 12% para o Brasil e para todos os concorrentes. Mas é importante lembrar que os Estados Unidos, além dos 12%, têm mais 25% de uma tarifa punitiva”.
Portanto, ele acredita que seremos competitivos e explica que o “nosso principal concorrente, especialmente em carne suína, junto com a Europa, vai pagar 37%”.
Na verdade, para Santin, a carne suína brasileira pode enfrentar maior concorrência da própria produção daquele país, que é grande. “Mas não muda muito o perfil em relação aos concorrentes. Então, deve ter alguns efeitos, claro que sim, mas não serão severos”, disse.
O presidente da ABPA acredita ainda que, em caso de perda da competitividade, ela será compensada pelo anúncio da importação dessa carne pela Rússia, que m julho passado anunciou cota adicional de importação de 100 mil toneladas. O Brasil fará parte do grupo que vai embarcar tal volume.
Da Redação