10/12/2021 às 14h08min - Atualizada em 13/12/2021 às 12h10min

Balança comercial do agronegócio bate recorde de US$ 8,36 bilhões em novembro

Dados coletados pela Secretaria de Comércio e Relações Exteriores (SCRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que novembro o agronegócio brasileiro bateu recorde nos valores dos produtos agropecuários exportados, na comparação com o mesmo mês dos anos anteriores. O agronegócio exportou em novembro US$ 8,36 bilhões. A informação é do Mapa, que fez a divulgação nesta sexta-feira (10).

O bom desempenho financeiro, no entanto, não indica que o volume dos embarques aumentou. São os preços da commodities alimentícias que variaram positivamente no mercado internacional. O índice de preços dos produtos que exportamos cresceu 22,3%, bem superior aos valores de novembro passado.

As importações de produtos do agronegócio cresceram 10,5%, chegando a US$ 1,45 bilhão. Esses valores também foram impactados pela alta dos preços médios, como trigo (+25,3%), papel (+22,9%) e óleo de palma (+59,7%). O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 6,9 bilhões. Ainda assim, o agronegócio contribuiu com 41,2% nas exportações totais brasileiras no mês.

De acordo com os analistas da SCRI, o principal destaque do mês foi a soja em grão, com incremento de 80,2% em quantidade, alcançando 2,6 milhões de toneladas no mês analisado. Os preços tiveram incremento de 38,7%, resultando em embarques de US$ 1,32 bilhão, aumento de 150%. A China foi o principal país importador da oleaginosa, alcançando 86,2% de todo o volume exportado, com 2,2 milhões de toneladas.

Conforme os analistas, dois fatores são fundamentais para explicar o resultado favorável: atraso no plantio e colheita da soja, em função de condições climáticas adversas, e safra recorde da oleaginosa, com 137,3 milhões de toneladas na safra 2020/2021. Desta forma, as exportações do grão foram postergadas em 2021, e, em função do recorde de safra, ainda há grãos para a venda externa neste final de ano. Outro fator é a alta do preço médio de exportação do grão: US$ 511 a tonelada, crescimento de 38,7%.


Da Redação, com Mapa.


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