25/11/2021 às 12h31min - Atualizada em 25/11/2021 às 12h31min

Arroba se mantém em São Paulo e se valoriza no Tocantins e Mato Grosso

O mercado do boi manteve os preços firmes nesta quarta-feira (24). O analista de mercado do site especializado em agronegócio Safras & Mercado, Fernando Iglesias, afirma que nos estados do Tocantins e no Mato Grosso os preços continuam subindo, com manutenção dos negócios.

Ele avalia que o fato se dá porque as escalas de abate estão mais confortáveis, entre 3 e 5 dias e a oferta de animais terminados sustentam os preços no curto prazo e esse cenário perdura até o final do primeiro trimestre de 2022.

“Como limitador, deve ser citada a incapacidade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo. Outro aspecto que precisa ser mencionado é que o aceite da carne bovina certificada até o dia 3 de setembro pela China elimina a possibilidade desse estoque ser ofertado no mercado doméstico. São mais de 100 mil toneladas de carne bovina”, diz Iglesias.

Segundo Safras & Mercado, em São Paulo, capital, o preço referência da arroba ficou em R$ 318,00, a prazo. Em Goiânia (GO), a arroba ficou em R$ 310. Em Dourados (MS), em R$ 310, inalterada. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 301, ante R$ 295.

Já na praça mineira de Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320, por arroba, estável. O clipping fa Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) informa que “o mercado atacadista segue apresentando alta em seus preços no decorrer da semana”, e que “a indústria frigorífica segue em sua preparação para as festividades de fim de ano“.


A valorização em novembro

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) entre 29 de outubro e 24 de novembro o Indicador CEPEA/B3 do boi gordo subiu expressivos 23,16%, fechando a R$ 316,65 nessa terça-feira, 24.

Ainda segundo a assessoria de imprensa da instituição, “os valores têm sido impulsionados pela baixa oferta de animais prontos para abate. Embora os pastos ainda não tenham se recuperado totalmente em muitas regiões, os bons volumes de chuvas registrados em outubro já favoreceram as pastagens, o suficiente para fazer com que alguns pecuaristas mantenham os animais no campo, restringindo ainda mais a oferta”.


Da Redação.


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