Enquanto a Fiocruz afirma que as duas pessoas suspeitas de portarem a doença estão, na verdade, com a suspeita da forma esporádica da Doença Creutzfeldt-Jabob (DCJ), e que ela não causa a doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB), na Bolsa Mercantil e Futuros foi extremamente impactada, pela notícia.
Fernando Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado, lamenta: “a doença fez com que o contrato dezembro invertesse o movimento de alta e passasse a cair 4,86% por volta das 13h45 de hoje (quinta (11), cotado a R$ 298,00”.
Os dois suspeitos estão internados em Manguinhos, na Fiocruz, Rio de Janeiro, e o diagnóstico foi feito clinicamente e com exames radiológicos. O doutor em neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo afirma “que essa não é mesma doença que causa o mal da vaca louca” e que “não tem relação com consumo de carne”.
O Ministério da Saúde também tranquiliza produtores e consumidores. Essa doença, que não tem suas valsas conhecidas, não é transmissível entre as pessoas. A forma conhecida dessa doença que pode provocar o mal da vaca louca em humanos é conhecido é uma variante (vDCJ).
Os dois pacientes são das cidades de Balford Roxo e Duque de Caxias.
Um dos problemas que o mercado vai enfrentar é explicar uma situação inusitada. As duas doenças são “popularmente” conhecidas como Mal da Vaca Louca e por isso estão isolados no Instituto que a Fiocruz criou para tratamento contra a Covid.
Também ficou a primeira impressão, após comunicado da própria Fiocruz informando que cuidava de dois pacientes com suspeita da Doença da Vaca Louca. Após o novo comunicado, a Fiocruz informou que monitora um terceiro caso na região. Os casos na Fiocruz envolvem um homem de 55 anos e uma mulher de 59.
Vaca Louca
Essa doença provocou grandes transtornos mundo afora nas décadas de 1980 e 1990. No período, rebanhos de alguns países foram sacrificados, especificamente na Inglaterra, onde milhões de cabeças foram abatidas e os prejuízos se acumularam.
O Mal da Vaca Louca perigosa é uma doença cerebral, degenerativa e que leva à morte e infectar seres humanos após consumo. Os dois casos registrados em animais no Brasil em Minas e Mato Grosso foram diagnosticados como “atípicos” pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Era animais velhos e a doença se instalou após degeneração celular e não contaminação exterior, geralmente proveniente de insumos com proteína,
Nota oficial do Ministério da Agricultura
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que os casos de doenças neurodegenerativas investigados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conforme noticiado na imprensa, tratam-se de suspeitas da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).
Desta forma, os casos suspeitos não têm relação com consumo de carne bovina.
A maior incidência da doença ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas.
De acordo com informações disponíveis no site do Ministério da Saúde, entre os anos de 2005 e 2014, foram notificados, no Brasil, 603 casos suspeitos de DCJ. Desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado. A vDCJ é uma variante da DCJ, associada ao consumo de carne bovina.
Da Redação.