O mercado brasileiro de milho registrou uma pequena melhora nas cotações ao longo da semana, impulsionado pela maior cautela dos produtores em fixar a oferta para venda, especialmente no Mato Grosso. Apesar da reação, os consumidores mantêm uma postura tranquila, adquirindo apenas lotes pontuais e esperando por preços mais baixos.
As atenções no cenário doméstico se dividem entre o avanço da colheita da safrinha e o fator cambial, com a valorização do real frente ao dólar. A logística para escoamento da safra, no entanto, continua desafiadora, e os custos de frete permanecem em patamares elevados.
O mercado externo, por sua vez, demonstra vigor. Os line-ups portuários sinalizam uma expectativa de exportação de 7,5 milhões de toneladas de milho em agosto, o que contribui para o escoamento da produção e alivia a pressão sobre os preços internos.
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 61,44 em 7 de agosto, uma leve alta de 0,22% em relação à semana anterior. Em Cascavel (PR), o preço subiu para R$ 59 a saca, um avanço de 0,85%. Em Rondonópolis (MT), a valorização foi de 1,75%, com a saca atingindo R$ 58.
No mercado internacional, a Bolsa de Chicago apresentou uma recuperação técnica, reflexo de sinais de demanda aquecida pelo cereal norte-americano, mesmo com as projeções de aumento na safra e nos estoques de passagem para 2025/26.
As exportações brasileiras de milho em julho, no entanto, apresentaram números menos expressivos em relação a 2024. O valor médio diário das vendas recuou 27,2%, e a quantidade média diária exportada teve uma queda de 31,5%.