O mercado internacional do café encerrou a semana em forte volatilidade. A aplicação de tarifa de 50% pelos EUA sobre as importações brasileiras, em vigor desde 6 de agosto, gerou alta imediata nas cotações, mas trouxe preocupações para o longo prazo, como possível queda no consumo americano.
O Brasil responde por cerca de 30% das compras de café dos EUA, que são seu maior destino individual. Estoques certificados em queda reforçam o temor de aperto de oferta no curto prazo. No mercado físico brasileiro, o arábica bebida boa no sul de Minas fechou estável, a R$ 1.810 por saca, enquanto o conilon tipo 7, no Espírito Santo, caiu 1,5%, para R$ 1 mil.
A colheita da safra 2025/26 atingiu 94% até 6 de agosto, ritmo acima da média dos últimos cinco anos. O conilon está praticamente concluído (99%), e o arábica chega a 91%, embora produtores relatem quebra de renda na reta final.