O ritmo de comercialização da soja no Brasil apresentou um avanço consistente no último mês, mesmo em um cenário de mercado considerado pouco atrativo. As atenções dos produtores e agentes do setor agora se voltam para a próxima terça-feira (12), quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará seu relatório de agosto.
Segundo a Safras & Mercado, a comercialização da safra 2024/25 alcançou 78,4% da produção projetada, totalizando 134,87 milhões de toneladas negociadas. O número representa um avanço em relação aos 69,8% registrados no relatório anterior, em 4 de julho. Apesar do bom desempenho recente, o ritmo ainda está abaixo do ano passado (82,2%) e da média de cinco anos (85,7%).
Para a safra 2025/26, com uma projeção de 179,88 milhões de toneladas, a comercialização antecipada está em 16,8%, correspondente a 30,28 milhões de toneladas. Esse percentual também se encontra abaixo dos 22,5% registrados no mesmo período do ano anterior.
O mercado está atento às projeções do USDA, que podem indicar um aumento na safra e nos estoques de soja dos Estados Unidos para 2025/26. Analistas preveem que a safra americana pode chegar a 4,371 bilhões de bushels, acima dos 4,335 bilhões previstos em julho.
Para os estoques de passagem, a expectativa é de 359 milhões de bushels para 2025/26 e de 359 milhões para 2024/25. No cenário global, os estoques finais da safra 2024/25 são projetados em 125 milhões de toneladas, enquanto para 2025/26, a aposta é de um aumento para 127,9 milhões de toneladas. A divulgação desses dados deverá orientar os próximos passos do mercado.