As restrições temporárias impostas à carne de aves brasileira em razão de surtos de gripe aviária começam a ser flexibilizadas por parte da comunidade internacional. O Ministério da Agricultura anunciou nesta quarta-feira (6) que Coreia do Sul, Angola e Catar suspenderam os bloqueios à proteína nacional, permitindo novamente a entrada do produto em seus mercados.
O Japão também autorizou a retomada das exportações provenientes do município de Monte Negro (RS), onde a gripe aviária havia sido detectada em uma granja comercial. No entanto, ainda mantém embargos em relação a outras regiões, como Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO), onde os focos ainda são considerados ativos.
Apesar desses avanços, sete países e o bloco da União Europeia continuam com suspensões totais. Entre os países que não impõem mais nenhuma restrição à carne de aves brasileira estão África do Sul, Albânia, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Geórgia, Iraque, Paraguai, Reino Unido, Singapura, Turquia, Uruguai, Vietnã, entre outros.
Por outro lado, mantêm embargo total nações como Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Timor-Leste e a própria UE. Já países como Arábia Saudita, Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, entre outros, aplicam restrições parciais ao estado do Rio Grande do Sul. No caso do Japão, o embargo permanece restrito apenas aos dois municípios mencionados.
Alguns países, como Ilhas Maurício, São Cristóvão e Neves, Suriname e Uzbequistão, optaram pelo modelo de regionalização, aceitando importar produtos de áreas livres da doença mesmo que o país tenha zonas afetadas. Essa prática é respaldada pelo Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e pelo Acordo SPS da Organização Mundial do Comércio (OMC), que regulam medidas sanitárias e fitossanitárias globais.
