Dados alfandegários da China despertam ainda mais preocupação no agronegócio brasileiro. Em setembro, o maior comprador de soja do mundo importou 30% menos do que o volume no mesmo período de 2020. É a maior queda nas importações da oleaginosa desde 2014 e reflete um esmagamento menor do produto com demanda restrita, informa o site de economia MoneyTimes.
Este ano o país asiático importou em setembro 6,88 milhões de toneladas, contra 9,79 milhões de toneladas no mesmo mês do ano passado. “Os números estão dentro das expectativas do mercado”, informou uma fonte que não quis ser identificada.
Ao site, ela disse que “as margens de esmagamento eram ruins, enquanto alguns processadores também suspenderam a operação para manutenção regular”.
Na verdade, o comportamento do mercado neste momento não é novidade. No começo do ano a China importou mais do que o necessário para promover um esmagamento e atender ao crescente mercado interno, que estava em recuperação.
Mas essa demanda não se sustentou. Uma das regiões produtoras de suínos da China, Sichuan, teve os preços achatados de forma que a margem de lucro desapareceu ou ficou estreita.
Na comparação entre os meses de agosto e setembro deste ano também mostra uma retração. Em agosto, a China importou 9,49 milhões de toneladas. Nos primeiros 9 meses do ano foram 73,97 milhões de toneladas. Em outubro o quadro no são será diferente.
Cortes de energia elétrica nas regiões que esmagam a soja fizeram as fábricas diminuírem as atividades e, com isso, o farelo da soja tiveram aumentos.
Da Redação.