O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no domingo (3) que o Brasil seguirá buscando alternativas ao dólar nas relações comerciais, sem abrir mão de sua soberania. A declaração foi feita após os Estados Unidos imporem uma tarifa de 50% sobre cerca de 36% das exportações brasileiras, afetando diretamente setores como o café e a carne bovina.
Embora tenha enfatizado que o país não pretende confrontar os EUA, Lula criticou a tentativa de politização da medida tarifária, associada à posição brasileira em julgamentos internos e ao debate sobre a substituição do dólar no Brics. "Nós não somos uma republiqueta", disse o presidente, reforçando que o Brasil exige respeito e quer negociar em igualdade de condições.
Apesar do tom firme, Lula reiterou a disposição para o diálogo e destacou a importância das relações diplomáticas com os EUA. O governo trabalha, segundo ele, para apoiar empresas e trabalhadores impactados, ao mesmo tempo em que mantém canais de negociação abertos com Washington.