A China autorizou 183 novas empresas brasileiras a exportarem café para seu mercado, ampliando significativamente o canal de escoamento para a produção nacional. O anúncio foi feito pela embaixada chinesa no Brasil e tem validade de cinco anos, passando a vigorar em 30 de julho,coincidindo com a formalização do tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros.
Apesar de os EUA ainda serem o principal destino do café brasileiro, com 3,3 milhões de sacas importadas apenas no primeiro semestre de 2025, a medida chinesa surge como alternativa diante da taxação de 50% imposta pelo governo norte-americano. A China, que atualmente ocupa apenas a décima posição no ranking de compradores, apresenta grande potencial de crescimento, com consumo per capita muito inferior à média global.
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os produtores brasileiros devem redirecionar parte das exportações, exigindo rápida adaptação logística e estratégica. A medida chinesa pode representar um contrapeso econômico importante diante das incertezas criadas pela política tarifária dos EUA.