O mercado de arroz no Brasil passa por um período de equilíbrio frágil, marcado por baixa liquidez e postura defensiva dos produtores. Segundo o analista Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, as negociações em julho foram pontuais e motivadas principalmente por necessidades imediatas de caixa.
A expectativa por preços mais altos levou os orizicultores a reter o produto, mesmo com o risco de acúmulo de estoques. O mercado externo, especialmente as exportações, aparece como principal alternativa para destravar a liquidez — negócios no porto chegaram a R$ 74 a saca, demonstrando potencial de atratividade.
Contudo, o Brasil enfrenta desafios para competir com Paraguai e Uruguai, que foram mais ágeis em comercializar seus estoques a preços competitivos. Além disso, entraves logísticos internos, como a taxa CDO e pedágios interestaduais, seguem impactando a fluidez dos embarques.
A média da saca no Rio Grande do Sul, principal referência nacional, fechou julho em R$ 69,23. Uma alta semanal de 0,05% e mensal de 5,21%. Na comparação com 2024, porém, a desvalorização ainda chega a 40,87%.