Ronda Agro IX, Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), do Ministério da Agricultura e a Receita Federal apreendeu 350 toneladas de produtos e insumos agropecuários irregulares no Rio Grande do Sul entre 27 de setembro e 2 de outubro, em 16 municípios. A informação é do site especializado CarneTec.
O balanço da operação mostra 88,6 toneladas de produtos de origem animal, 5,5 toneladas de produtos para uso na alimentação animal, irregulares ou contrabandeados, 5 toneladas de milho e 3 toneladas de soja contrabandeados. Havia ainda 123,4 toneladas de sementes e 130,58 toneladas de agrotóxicos e 10,85 mil garrafas de bebidas contrabandeadas como vinhos, espumantes e cervejas, além de 439 produtos de uso veterinário.
O grupo é voltado para impedir a importação, o comércio ou qualquer outra forma de transporte de produtos agropecuários irregulares nas fronteiras com os países vizinhos. Desta vez, foram feitos 126 autos de infração e as multas chegam a R$ 1,148 milhão. Embora o objetivo fosse outro, a operação encontrou também 391 bovinos, 127 equinos, quatro javalis e um javaporco suspeitos de contrabando e dois portos clandestinos.
Foram empregados na operação 707 veículos, instaladas 44 barreiras fixas e volantes, fiscalizados 88 propriedades rurais, quatro estabelecimentos comerciais de produtos e insumos agropecuários e uma indústria de fertilizantes.
O auditor fiscal federal agropecuário Fábio Bessa disse em nota ao CarneTec que “essa foi a maior operação realizada pelo Vigifronteira. Tivemos um volume de apreensões e autuações surpreendente, sendo preciso montar uma operação logística durante a ação para realizar o transporte das cargas apreendidas. Os resultados dessa megaoperação reforçam a importância do trabalho integrado dos órgãos para o combate ao crime organizado”.
A superintendente federal de Agricultura do Rio Grande do SSul, Helena Rugeri, disse que “os resultados da operação evidenciam a eficiência da integração entre os órgãos envolvidos, bem como a necessidade de continuidade do modelo de fiscalização, considerando que a defesa agropecuária é uma questão de segurança nacional”.
A megaoperação prendeu e pessoas, uma por contrabando e a outra por descaminho, além da apreensão de armas e munições. “A participação de vários órgãos foi fundamental para o sucesso da ação. Aos produtos introduzidos no país irregularmente, será aplicada a pena de perdimento pela Receita Federal. O órgão também representará os infratores ao Ministério Público Federal pelo crime de contrabando ou descaminho”, disse o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho no RS, Francisco Velter, na mesma nota.
Segundo o CarneTec, “participaram da megaoperação auditores fiscais federais agropecuários, agentes de atividade agropecuária e auxiliares operacionais em agropecuária do Mapa, servidores da Seapdr, além de fiscais estaduais agropecuários e técnicos em agropecuária do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), dos Institutos de Defesa Agropecuária dos Estados de Mato Grosso (Indea) e do Acre (Idaf); e das Agências de Defesa Agropecuária dos Estados do Piauí (Adapi), Tocantins (Adapec) e Maranhão (Aged). Houve apoio da Brigada Militar (BM/RS) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF)”.
Da Redação.