O Brasil deve colher na safra 2021/2022 2,75 milhões de toneladas de algodão em pluma, segundo estimativa do site especializado Safras & Mercados. Aponta que o aumento em relação à safra anterior será de 15,5%. A última colheita resultou em 2,38 milhões de toneladas.
O mesmo levantamento indica que a área plantada também cresce 1,8%. No ano passado foram 1,373 milhão de hectares. A expectativa é que a produtividade também cresça 3,35%, passando de 1.734 quilos para 1.792 quilos por hectare. A área de plantio passou para 1,535 milhão de hectares.
O analista de mercado de Safras & Mercados, Élcio Bento, diz que “o recente rally de alta das cotações do algodão fez com que os produtores aumentassem suas apostas no cultivo da cultura. Na primeira intenção de plantio, realizada no final do último mês de julho, os números mostravam um recuo da área pelo segundo ano consecutivo, diante da forte concorrência dos grãos, cuja margem de rentabilidade era mais atrativa”.
Para exemplificar melhor da inversão em relação às expectativas da cultura do algodão, o analista usa o estado do Mato Grosso. No mês de julho a produtividade por hectare de algodão (pluma + caroço) resultou em a de 32%, a da soja de 42% e a do milho de 52%. No entanto, em outubro, o algodão está alcançando 57%, a soja se mantém nos 42% e milho caiu para 39%.
“Com os Estados Unidos, maior exportador global, também com redução da oferta, a demanda externa pela pluma brasileira deve ser agressiva, o que garantirá bons preços, tanto para a safra atual quanto para a negociação antecipada da nova”, diz Élcio Bento.
A partir desse cenário, os produtores estão com o ânimo renovado em relação a cultura. Ao contrário do ano passado, quando a soja foi plantada tardiamente e impossibilitou uma segunda safra de algodão na mesma área, em 2021 a plantação foi na hora certa. Abe, dessa forma, a possibilidade de uma segunda safra de algodão.
Da Redação.