Junho foi de forte ajuste no mercado internacional de café, com quedas tanto para o arábica em Nova York quanto para o robusta em Londres. O contrato setembro do arábica caiu 11,7%, encerrando o mês a 300,10 centavos de dólar por libra-peso. O robusta perdeu quase 19%, pressionado pela safra robusta da Indonésia e boas perspectivas para o Vietnã.
A entrada da colheita brasileira também pesou, mesmo com algumas regiões relatando produtividade menor que o potencial. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projeta safra mundial recorde de 178,6 milhões de sacas para 2025/26, superando o consumo, o que eleva o superávit global para mais de 9,3 milhões de sacas.
No Brasil, o arábica tipo bebida boa no sul de Minas fechou junho em R$ 1.850, queda de 20,6% em relação a maio. O conilon caiu 22% em Vitória (ES), fechando a R$ 1.095. Apesar das quedas, produtores seguem cadenciando a comercialização, apoiados pelas boas margens acumuladas nos últimos anos.