01/10/2021 às 12h16min - Atualizada em 10/11/2021 às 21h05min

Cai em setembro confiança na economia por empresas e corporações, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial caiu pela primeira vez desde abril deste ano. Segundo o Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) a queda em setembro foi de 2,5%, caindo para 99,9 pontos. Nas médias moveis trimestrais o Índice manteve a tendência de alta avançando 0,4 ponto.

Para Aloisio Campelo, superintendente de estatística do Instituto, esta é a primeira queda desde março, mas ela preocupa porque o cenário futuro é cheio de incertezas e há piora nas expectativas. Passam de otimistas para neutras.

À Agência Brasil, Campelo disse que “o quadro de crescimento econômico moderado se mantém neste final de terceiro trimestre mas surgem, no radar empresarial, os riscos de uma crise energética, uma possível desaceleração da economia chinesa e o impacto da alta gradual dos juros no consumo interno”.

Para o instituto, a piora da avaliação sobre a situação corrente e das expectativas para os próximos meses, foram os motivos que levaram à queda da confiança dos empresários.

As expectativas negativas e a situação corrente do país para os próximos meses levaram à queda da confiança do empresariado. A Agência indica que “o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 1,2 ponto, e ficou em 99,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 3,8 pontos, para 99,9 pontos”.

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores avaliados pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE, que são indústria, serviços, comércio e construção. Dentre os setores, apenas a confiança da construção, que teve alta de 0,1 ponto, não apresentou queda em setembro.

O maior recuo foi da confiança do comércio (-6,8 pontos), seguido por serviços (-2 pontos) e indústria (-0,6 ponto). Segundo os pesquisadores, em todos os segmentos, os movimentos da confiança foram determinados principalmente pela piora das expectativas em relação aos próximos meses.

Os resultados de setembro indicam ainda que a confiança empresarial aumentou em 33% dos 49 segmentos integrantes do ICE. Isso representa queda da disseminação, na comparação com os 53% do mês passado. O destaque ficou com o Comércio, que não registrou alta da confiança em nenhum dos segmentos.

 

Da Redação, com Agência Brasil.

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