O Brasil caminha para mais um ano histórico no comércio exterior do agronegócio, com destaque absoluto para o complexo soja. De janeiro a maio de 2025, as exportações somadas de soja em grão, farelo e óleo chegaram a 60,05 milhões de toneladas, reforçando a tendência de novos recordes e consolidando o país como potência global no setor.
O desempenho mais expressivo veio das exportações de soja em grão, que alcançaram 51,5 milhões de toneladas no período, superando as 50,2 milhões embarcadas em igual intervalo de 2024. Em cinco anos, o avanço foi de 11% em relação a 2021, quando o país havia exportado 46,5 milhões de toneladas. A liderança brasileira é sustentada por uma colheita robusta e demanda firme no mercado internacional.
No segmento de farelo de soja, o Brasil segue ganhando espaço no mercado global e disputando posição com a Argentina, tradicional líder. Foram exportadas 9,64 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2025, frente a 9,37 milhões no mesmo período do ano anterior. O crescimento acumulado desde 2020 é de 51%. Desde que ultrapassou os argentinos em 2022, em meio a uma quebra climática no país vizinho, o Brasil não só manteve a dianteira como fortaleceu sua capacidade industrial de esmagamento.
As vendas externas de óleo de soja também apresentaram recuperação. Após uma retração em 2024, influenciada pelos impactos da guerra na Ucrânia, o país exportou 0,65 milhão de toneladas entre janeiro e maio deste ano. Ainda que abaixo do pico registrado em 2022, quando o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas, os números de 2025 indicam uma retomada sólida, com perspectivas de crescimento sustentável.
As metas para o ano são ambiciosas: ultrapassar o recorde de 101,8 milhões de toneladas de soja em grão exportadas em 2023, alcançar 105 milhões em 2025; no farelo, superar as 23,1 milhões de toneladas de 2024 e chegar a 25 milhões; e, no óleo, tentar retomar o patamar de 1,65 milhão de toneladas registrado em 2021.