O Brasil deixou de exportar entre 50 mil e 100 mil toneladas de carne de frango devido ao foco de gripe aviária detectado em uma granja de matrizeiros em Montenegro (RS), segundo informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luís Rua, durante coletiva na Conbrasul Ovos 2025, realizada em Gramado (RS).
Apesar do impacto inicial, Rua destacou que é difícil estimar o volume exato de carne deixada de exportar, pois parte dessa produção tem sido redirecionada para outros mercados com restrições parciais ou sem embargo total. “Esse volume tem sido direcionado, naturalmente, para outros mercados com os quais o Brasil não possui restrições totais de embarques ou, eventualmente, embarques parciais”, explicou.
Atualmente, o Brasil mantém relações comerciais abertas com 128 dos aproximadamente 160 países para os quais exporta carne de frango, graças ao trabalho focado na regionalização dos focos da doença. O secretário ressaltou que países como Jordânia, Kuwait e Bolívia já reduziram suas restrições ao produto brasileiro, evidenciando uma flexibilização crescente.
“É muito difícil estimar as perdas reais de embarques, pois tudo tem sido muito dinâmico”, afirmou Luís Rua, que manifestou otimismo quanto à evolução do cenário. “A cada dia, em vez de ter mercados fechados, há mais países flexibilizando as restrições. A tendência é que isso vá diminuindo ao longo dos próximos dias ou semanas. Esperamos que talvez dentro de dois meses consigamos ter uma solução para todos esses entraves”, concluiu.