Havia uma expectativa de maior pressão no mercado do boi gordo após o final de semana de Dia das Mães e o cenário veio se confirmando no último dia 12 e também no começo desta terça-feira, dia 13 de maio. As propostas são menores em praticamente todas as praças de produção e as escalas estão para o final do mês. Na outra ponta, temos as exportações de carne bovina seguem muito aquecidas, enquanto o mercado internacional se reposiciona com os cenários criados pelo presidente dos Estados Unidos.
Temos fatores sazonais presentes no mercado não alheios ao pecuarista. Maio chegou e o final de abril já precedia pressão. Trata-se de uma pressão que precifica a menor oferta de pastagens e a necessidade de estar com um rebanho mais enxuto. A arroba recua e nisto não há surpresa. O que vai surpreendendo, até o momento, é a força do “urso” jogando a arroba para baixo. Não parece razoável, no momento, ofertas de R$ 305,00 por arroba de boi gordo no interior de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. Para o cenário que 2025 já desponta as propostas não contemplam a realidade de oferta e demanda do ano.
Ainda que a cadeia produtiva tenha este elemento, as expectativas são excelentes para indústria, para o pecuarista e confinador. Neste cenário o confinamento ensaia dar mais do que bons resultados para os pecuaristas e investidores que planejaram o investimento. As projeções não param de melhorar e vão sendo baseadas na demanda e oferta, nas exportações e redução de rebanho para abates até o final do ano.
Para encerrar, as exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada registraram 67,1 mil toneladas embarcadas em seis dias úteis de maio/25. A média diária exportada é de 11,1 mil toneladas, alta de 10,9%, frente a ao mesmo mês 2024. Há alta relevante também nos preços médios pagos alcançaram US$ 5.103 mil por tonelada, elevação anual de 13,30%.