Pressão negativa na arroba do boi aumenta e pecuarista resiste

Fabiano Reis
06/05/2025 09h37 - Atualizado há 2 dias
Pressão negativa na arroba do boi aumenta e pecuarista resiste
Foto: Reprodução

Não é possível afirmar ainda, mas, ao que parece, já estamos vivendo o final da safra de bois em algumas praças de negociação do País. O mercado que andava equilibrado, com algumas pressões isoladas, viu no retorno do feriado entornar o cenário e as propostas de compras cederam muito. Quem não cedeu e ainda resiste aos preços mais baixos são os pecuaristas que possuem pastagens adequadas e aguardam melhor oportunidade de negócios.

Estamos em uma primeira quinzena, com Dia das Mães, expectativa de explosão de consumo, etc. De fato, a questão é consolidada e a carne bovina que chegou nas gôndolas refrigeradas dos supermercados são de animais abatidos há 10 ou 15 dias e, sim! Os preços eram muito melhores neste passado recente.

Por outro lado, ainda que em alguns estados as escalas industriais começam a ganhar um número maior de dias, ofertando tranquilidade para o setor industrial, os animais negociados agora vão chegar no comércio varejista de carne bovina no final deste mês e começo do próximo.

Apenas uma reflexão: os animais abatidos agora vão repor a oferta de carne bovina nos açougues, casas de carne e supermercados do país na “liquidação” de Dia das Mães. O que faz pensar ainda não ser “bem” o final da safra de bois, apesar de estar quase lá.

As ofertas de sexta-feira, 2/5 e segunda-feira 5/5, apresentam recuos de R$ 10 a R$ 15 por arroba de boi gordo. Os preços sugeridos colocaram a arroba do boi gordo em R$ 315 em São Paulo e Mato Grosso do Sul e R$ 323,00 em Mato Grosso.

Por fim, trata-se de um movimento natural, mas parece tentar se consolidar mais cedo. Pecuarista de MS e MT, provavelmente, vão conseguir resistir um pouco mais, pois há uma oferta melhor de pastos. Por outro lado, em Goiás, Minas Gerais e boa parte de São Paulo, a realidade é diferente.

Em expectativa vejo uma semana de forte pressão negativa de preços e o pecuarista precisa refazer algumas contas, do número de unidade animal por hectare, rotação de pasto e custo de arroba “viva” estocada no pasto.


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