Pragas avançam e desafiam produtores na safrinha de milho 2025

Lagartas, pulgões e percevejos exigem monitoramento constante e ampliam custos com defensivos nas lavouras

- Da Redação, com Notícia Agrícolas
06/05/2025 09h28 - Atualizado há 13 horas
Pragas avançam e desafiam produtores na safrinha de milho 2025
Foto: reprodução

A segunda safra de milho de 2025, que começou sob incertezas climáticas, agora enfrenta outro desafio que tem exigido atenção redobrada dos produtores: o aumento da pressão de pragas nas lavouras. Percevejos, pulgões, cigarrinhas e, principalmente, lagartas como Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda têm exigido monitoramento constante e maior investimento em defensivos.
 

De acordo com Sérgio Giampaoli, gerente de Desenvolvimento de Mercado Sul da BASF Soluções para Agricultura no Brasil, a combinação de estresse hídrico com períodos de alta umidade favoreceu tanto o surgimento de doenças quanto a proliferação de pragas. “Essas condições climáticas deixaram as plantas mais suscetíveis, e temos visto aumento significativo de pulgões e lagartas em várias regiões, com impactos já visíveis em parte das lavouras”, afirma.
 

Em Tapurah (MT), o produtor Silvésio Oliveira relata um ataque severo de lagartas, mesmo com o uso de tecnologias em sementes. “Foi necessário fazer até seis aplicações de defensivos, o que aumentou muito nosso custo. As tecnologias não controlaram as lagartas como esperávamos”, lamenta.
 

No município de Campos de Júlio (MT), o produtor Tiago Daniel Comiran também enfrentou dificuldades com pragas e doenças fúngicas, enquanto em Laguna Carapã (MS) o técnico agrícola Antônio Rodrigues Neto destaca o aumento da incidência de pulgões, que resistem aos tratamentos por se abrigarem no cartucho do milho.
 

Em Querência (MT), o presidente do Sindicato Rural, Osmar Frizzo, relata que o controle do percevejo segue ineficaz e que as tecnologias de controle não têm entregado os resultados esperados, sendo necessário realizar múltiplas aplicações para conter os danos causados pelas lagartas.
 

Giampaoli alerta para a importância da adoção de práticas de manejo integrado de pragas e de resistência de insetos, como a rotação de culturas, uso de refúgios e rotação de princípios ativos dos defensivos. “Sem essas práticas, a eficácia das tecnologias tende a cair, elevando os riscos e os custos da produção”, explica.

 

 


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