RS intensifica barreiras sanitárias para proteger citricultura do greening

Com reforço na fiscalização e novas regras para entrada de mudas, estado busca manter status livre da praga que ameaça plantações

- Da Redação, com Canal Rural
22/04/2025 09h29 - Atualizado há 1 semana
RS intensifica barreiras sanitárias para proteger citricultura do greening
Foto: reprodução

Diante do avanço do greening em Santa Catarina, o Rio Grande do Sul ampliou as medidas de controle para proteger sua citricultura. O estado, que segue livre da praga, está reforçando barreiras fitossanitárias, intensificando o monitoramento do inseto vetor e aplicando novas regras para o ingresso de mudas e materiais vegetais.

A doença, considerada uma das mais destrutivas da citricultura mundial, foi registrada em fevereiro deste ano no oeste catarinense, acendendo o alerta na cadeia produtiva gaúcha.
 

“Desde 2022, com o primeiro foco identificado em Xanxerê (SC), estamos com um Plano de Contingência em ação, com fiscalização intensa e monitoramento constante do psilídeo Diaphorina citri, transmissor do greening”, explicou Maria Luíza Conti, chefe substituta da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV) da Secretaria da Agricultura (Seapi).
 

Fiscalização 
 

Entre as ações mais relevantes estão as barreiras sanitárias nas divisas com Santa Catarina e Paraná, instaladas em pontos estratégicos como Torres, Vacaria, Barracão e Marcelino Ramos. O controle se estende também a cargas e mudas vindas de outras regiões, que passam por rigorosa fiscalização.
 

De setembro de 2024 a março de 2025, foram colocadas 384 armadilhas para monitoramento do vetor em 77 municípios. “Até agora, todos os resultados foram negativos para a praga, o que reforça o status do RS como área livre do greening”, afirmou Conti.
 

Outra medida importante é a Instrução Normativa nº 14/2024, que regulamenta a entrada de mudas e materiais propagativos dos gêneros Citrus, Fortunella e Poncirus no estado. A entrada só é permitida mediante Autorização Prévia da Seapi e apresentação de documentos como 
 

Nota Fiscal, Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), Certificado Fitossanitário (CF) e Termo de Conformidade (TC).
 

“A nova normativa traz mais segurança ao produtor e é essencial para impedir que o greening chegue ao RS”, completou a agrônoma.
 

 


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