A safra brasileira de grãos 2024/25 caminha para um recorde histórico, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o 7º Levantamento da Safra realizado pela estatal, a produção total deve alcançar 330,3 milhões de toneladas, volume que supera em 32,6 milhões de toneladas o registrado no ciclo anterior. Caso a projeção se confirme, será o recorde absoluto da série histórica acompanhada pela companhia.
O desempenho expressivo se deve a uma combinação de fatores positivos, como o aumento da área plantada — que subiu para 81,7 milhões de hectares, incorporando 1,7 milhão de hectares em relação à safra passada — e as condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras durante a primeira safra. Esse cenário permitiu que culturas estratégicas, como a soja, apresentassem resultados excepcionais.
A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, deve alcançar 167,9 milhões de toneladas, um avanço de 20,1 milhões de toneladas em comparação à safra anterior. A região Centro-Oeste, principal produtora do grão, deve estabelecer um novo recorde de produtividade, estimado em 3.808 quilos por hectare — superando os índices alcançados no ciclo 2022/23.
O milho, considerando seus três ciclos de produção, também segue com boas perspectivas, com estimativa de 124,7 milhões de toneladas. Já o arroz deve apresentar uma recuperação significativa, com alta de 14,7% e produção esperada de 12,1 milhões de toneladas. A cultura do feijão, apesar de menor expressão no volume total, também deve avançar, com produção prevista de 3,3 milhões de toneladas — um crescimento de 2,1%.
Outro destaque do levantamento é o algodão, cuja produção também tende a ser recorde. A área plantada estimada é de 2,1 milhões de hectares, um crescimento de 6,9% em relação à temporada passada. Em termos de produção de pluma, a expectativa é de 3,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 5,1% frente ao volume colhido na safra 2023/24.
Com esses números, a safra 2024/25 consolida a força do agronegócio brasileiro e reforça o papel estratégico do país como um dos principais produtores e exportadores de alimentos do mundo.