A União da Industria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA) informa através de sua assessoria que as unidades produtoras do Centro-Sul do país processaram 43,13 milhões de toneladas apenas na segunda metade de agosto. O volume é 2,08% do que o moído no mesmo período do ano passado.
As processadoras paulistas foram as que mais moeram. Foram 25,16 milhões de toneladas. Os outros estados moeram 17,97 milhões de toneladas. No caso paulista houver uma queda de 0,75% e nos outros estados uma alta de 6, 31%.
A Unica registra que até meados de agosto a “moagem acumula queda de 5,81%”. A atual safra chegou a moagem de 392,59 milhões de toneladas, frente a 416,82 milhões de toneladas mesmo período do último ciclo agrícola. São 257 empresas que registraram essa produção até o dia 1º de setembro. Uma unidade encerrou a moagem desta safra.
Produtividade e qualidade
A produtividade da cana neste período caiu bastante: 18,1%. O Centro de Tecnologia Canavieira em 120 unidades realizado em agosto mostra que a produtividade por hectare é de 65,3 toneladas contra 79,9 toneladas no mesmo período do não passado.
Se levarmos em conta os números desde início da safra, a queda na produtividade por hectare cai para 14,3%, quando os produtores colheram 85 toneladas por hectare. Estima-se que a área colhida até agora nesta safra é de 71% do total disponível.
O diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, explica ao site CarneTec que “a baixa produtividade e as geadas contribuíram para a aceleração da colheita, que se encontra em estágio bastante avançado em relação ao último ciclo agrícola” e “como resultado devemos observar uma safra mais curta, com uma parcela maior de empresas encerrando o processamento industrial antes do final de outubro. A expectativa quanto ao tamanho da safra permanece sendo de 530 milhões de toneladas de cana, com viés de baixa, resultado de uma pesquisa realizada junto aos produtores da região Centro-Sul”.
Produção de açúcar e de etanol
Nas duas primeiras quinzenas de agosto 46,73% da cana moída foi destinado à produção de açúcar, 2,95 milhões de toneladas de adoçantes. No caso dos adoçantes, um crescimento de 0,69%.
O etanol chegou à produção de 2,23 bilhões de litros na segunda quinzena de agosto. No caso do etanol anidro, há uma trajetória ascendente, com aumento de 42,34% na produção, batendo na produção de 941 milhões de litros nesse ano, bastante acima dos 661 milhões de litros fabricados no mesmo período de 2020. São 21 mil litros por tonelada esmagada.
Já o etanol hidratado teve queda na produção de menos 15%. Foram produzidos 1,29 bilhão de litros. E os biocombustíveis fabricados a partir do milho somaram 135,65 milhões de litros.
No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 01 de setembro, a produção de açúcar alcançou 24,28 milhões de toneladas, contra 25,99 milhões de toneladas verificadas na mesma data do ciclo 2020/2021. A fabricação acumulada de etanol, por sua vez, totalizou 18,65 bilhões de litros, sendo 7,15 bilhões de litros de etanol anidro e 11,49 bilhões de litros de etanol hidratado. Do total fabricado, 1,29 bilhão de litros do biocombustível foram produzidos a partir do milho.
Da Redação (com informações do site CarneTec)