As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos frescos e processados, cresceram 57,5% em fevereiro, totalizando 2.527 toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A receita com os embarques aumentou 63,2%, chegando a US$ 4,936 milhões.
O aumento da demanda se deve, principalmente, aos Estados Unidos, que importaram 503 toneladas no mês, um salto de 93,4% em relação ao ano anterior. O país enfrenta uma escassez do produto devido a surtos de gripe aviária, levando-o a recorrer a fornecedores estrangeiros, como o Brasil.
Outros mercados também impulsionaram as exportações, como o Japão, que comprou 215 toneladas (+111,3%), e o México, que recentemente abriu suas portas para os ovos brasileiros e importou 252 toneladas. Já os Emirados Árabes Unidos, principal destino das exportações, adquiriram 548 toneladas, uma leve queda de 2,6% na comparação anual.
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Até janeiro deste ano, os Estados Unidos só importavam ovos do Brasil para a produção de ração animal. Com novas autorizações, os embarques passaram a incluir ovos destinados ao processamento para consumo humano, embora a venda direta ao consumidor norte-americano ainda não seja permitida.
O Brasil produziu 57 bilhões de ovos em 2024 e a expectativa para 2025 é de 59 bilhões. Apesar do crescimento, as exportações ainda representam menos de 1% da produção nacional.
A ABPA projeta que os embarques de ovos fiquem entre 30 mil e 35 mil toneladas neste ano, aproximando-se do recorde histórico de 37 mil toneladas registrado em 2009.