Os contratos futuros do ouro fecharam em alta, revertendo as perdas vistas mais cedo, com os investidores reavaliando os dados econômicos divulgados nesta terça-feira (31), enquanto aguardam o relatório do "payroll" do mercado de trabalho americano.
O contrato do ouro para dezembro fechou em alta de 0,32%, a US$ 1.818,10 por onça-troy na Bolsa de Mercadorias de Nova York. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com o metal, operam próximo da estabilidade, a 92,657 pontos.
Os futuros do ouro apagaram as perdas do mês com os ganhos dos últimos dias, fechando agosto com apenas uma leve alta de 0,05%. Grande parte desta recuperação se deve a um salto na sexta-feira (27) passada, quando o metal fechou em alta de mais de 1% após os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Powell disse que o desemprego ainda está alto e que a inflação mais forte é um surto momentâneo, deixando nas entrelinhas que ainda há trabalho de recuperação a ser feito antes de retirar os estímulos. Caso o mercado de trabalho aponte uma melhora nesta sexta-feira (03), o Fed estaria mais propenso a um início antecipado da redução dos estímulos ainda neste ano.
Hoje, o metal recebeu algum suporte do nervosismo dos investidores em torno da leitura fraca do índice de confiança do consumidor do Conference Board, nos EUA, que caiu a 113,8 pontos em agosto, de 125,1 pontos da leitura de julho, e recuou ao seu menor nível desde fevereiro. A queda foi bem maior do que a esperada pelos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de 123,1 pontos.