Fevereiro é marcado por uma caraterística bem comum durante todo ano de 2024 no mercado do gado pronto: uma grande oferta de fêmeas para o abate. É maior, sazonalmente, do que no último ano e também quando comparada ao entendimento e expectativa da maior parte dos analistas de mercado. A oferta de fêmeas tem segurado o preço no boi gordo e mantido as escalas industriais em níveis de “tranquilidade”.
Como já descrito antes, o pecuarista é o maior conhecedor deste fato, o primeiro trimestre é marcado por uma oferta mais latente de vacas que não emprenharam na estação de monta. O ano de 2025 tem uma estação iniciada mais tardia em alguns estados e, também, pela maior oferta, que deve se estender até abril.
Em termo de negócios o mercado pecuário tem apresentado algumas características. Como em Mato Grosso do Sul, onde a principal indústria frigorífica tem separado as praças de abates, com matança em Campo Grande de lotes de animais mais jovens, com preços melhores. Em unidades do interior, os mais erados e com valores mais baixos. Com isso, a variação está entre R$ 295,00 a R$ 308,00 a arroba do boi gordo no estado, no pagamento a prazo.
A semana começou com os preços da arroba cedendo, ressentindo os argumentos dos dois primeiros parágrafos e também um consumo interno capenga, com o consumidor brasileiros com dificuldades em uma economia nacional que não para de corroer com dados medíocres de estimativas de crescimento do PIB e uma inflação gritante, que nem uma taxa de juros “campeã mundial” segura.
Em Mato Grosso o valor da arroba do boi gordo recuou para R$ 313,00 a arroba, da vaca gorda para R$ 288,00 com a escala industrial em torno do nove dias. A média de preços em São Paulo tem apresentado o Boi China em R$ 325,00 a arroba, e R$ 320,00 para o boi comum. A vaca vem com valores em R$ 280,00/@, mesmo praticado em Mato Grosso do Sul e abaixo de Mato Grosso. A escala de abate em SP é mais alongada, com 15 dias.
Para encerrar, a parcial das exportações brasileiras totalizam, até o fechamento da segunda semana de fevereiro, 99,9 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, de acordo com a Secex, Secretaria de Comércio Exterior. A média diária embarcada é 6,2% superior ao mesmo período do ano passado, com 9,9 mil toneladas ao dia e o preço médio por toneladas é de US$ 4.948 mil, 9,3% de alta.