Foi o aumento da população ocupada que mais contribuiu para a redução do desemprego na passagem entre o primeiro e o segundo trimestre de 2021 e não a queda da população desocupada. A análise foi feita nesta terça-feira pela Coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy, ao divulgar os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para o período de abril a junho.
“A população desocupada não é decisiva para a queda da taxa de desocupação. A variação foi pequena e não foi decisiva. [...] Há um aumento da população ocupada”, diz ela.
Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, o desemprego caiu do nível recorde de 14,7% para 14,1%. O número de desempregados era de 14,444 milhões, retração de 2,4% frente ao primeiro trimestre (361 mil pessoas a menos), mas considerado estatisticamente estável pelo IBGE.
Já a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) chegou a 87,8 milhões de pessoas no segundo trimestre, o que representa alta de 2,5% em relação ao primeiro trimestre (2,1 milhões de pessoas ocupadas a mais).
Adriana Beringuy destacou que a taxa de desemprego é calculada a partir da divisão entre o número de desempregados e o total da força de trabalho, que reúne os ocupados e os desocupados. Assim, o movimento da taxa de desemprego é influenciado pelos contingentes tanto da população desocupada quanto da ocupada.
“Desde o terceiro trimestre de 2020, há uma tendência de crescimento da população ocupada”, diz a coordenadora do IBGE.