Expectativa de melhor cenário para o boi gordo em fevereiro e EUA confirmam menor rebanho deste 1951

Fabiano Reis
04/02/2025 09h11 - Atualizado há 20 horas
Expectativa de melhor cenário para o boi gordo em fevereiro e EUA confirmam menor rebanho deste 1951
Foto: Reprodução

Fevereiro começou e há uma expectativa quanto ao mercado do boi gordo atingir maior equilíbrio na primeira quinzena deste mês. Alguns fatores que passam do clima até melhor organização social, pós gastos mais expressivos da população brasileira, o que deve dar uma maior saída no consumo doméstico brasileiro. Quanto ao mercado de boi gordo se espera maior liquidez, ainda que algumas referências, como o boi China, tenha entrado no novo mês com alguma depreciação.

Por outro lado, se a segunda quinzena de janeiro ficou marcada por recuo nos valores da arroba do gado terminado, o primeiro mês de 2025 registrou um valor de quase 1,5% de alta na referência nacional de acordo com dados do Cepea. Já arroba do boi comum em São Paulo, com dados compilados, tem média em R$ 326,00, com algumas boiadas negociadas em R$ 330,00.


No cenário internacional e nacional, dois temas chamam a atenção: um deles, a conquista de mais um mercado para a carne bovina brasileira, desta vez o Quênia, que conta com uma população de cerca de 55 milhões de pessoas, informação divulgada e comemorada pelo Ministério da Agricultura.


Outra informação veio de mais um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em usda.gov, onde o órgão máximo da agropecuária norte-americana voltou a afirmar o que tem destacado nos últimos anos, uma contundente e expressa redução do rebanho bovino dos EUA, o menor desde o começo da década de 1950, de acordo o USDA que trouxe os dados do estoque total de bovinos para a data de 1º de janeiro de 2025. Os dados mostram rebanho total (bovinos e bezerros) de 86,7 milhões de cabeças, 500 mil animais a menos que em 1º de janeiro de 2024 (que já era uma marca muito baixa e também o menor rebanho desde 1951).


As informações do USDA mostram as limitações dos norte-americanos para ocuparem um espaço maior no mercado internacional, abrindo para o Brasil a possibilidade. Também mostra a necessidade dos EUA seguirem importando carne bovina brasileira, ainda que paire desconfianças de alguma tarifação por parte de Donald Trump para países do bloco do Mercosul.

 

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