30/08/2021 às 20h00min - Atualizada em 30/08/2021 às 20h00min

Últimos aviões deixam Cabul e EUA encerram missão militar no Afeganistão após 20 anos

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou na tarde desta segunda-feira que os últimos aviões do país deixaram o Afeganistão, encerrando assim a missão militar americana no país após 20 anos.

Mais de 123 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão por aviões dos EUA e de outros países desde o início da missão de evacuação no último dia 14, de acordo com o Pentágono.

A operação de retirada foi marcada por cenas de caos e desespero no aeroporto da capital Cabul e por um ataque suicida no local que deixou mais de 180 pessoas mortas, entre elas 13 militares americanos, na última quinta-feira.

Representantes do Talibã disseram que os últimos cinco aviões americanos decolaram pouco depois da 0h de terça-feira (horário local), segundo a agência Associated Press. Tiros de celebração foram ouvidos por toda a cidade de Cabul.

Nas últimas semanas, o presidente americano, Joe Biden, rejeitou os apelos de líderes europeus, da oposição republicana e até de aliados para prolongar a presença dos militares americanos no país, se atendo ao prazo para concluir a missão em 31 de agosto.

O chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA, general Kenneth McKenzie, disse em entrevista que a decolagem do último avião americano de Cabul representa “o fim do componente militar da retirada e também o fim da missão de 20 anos no Afeganistão”.

Os EUA invadiram o Afeganistão em 2001, pouco depois dos ataques de 11 de Setembro, para caçar Osama bin Laden e outros membros da Al-Qaeda que usavam o país como base, com aval do Talibã.

“É uma missão que levou justiça a Osama bin Laden, assim como a muitos de seus co-conspiradores da Al-Qaeda”, afirmou McKenzie.

O general anunciou também que ainda há pessoas para serem retiradas do Afeganistão e que o último voo militar partiu levando o embaixador o pessoal da embaixada em Cabul.

“O custo, em termos de vidas, foi de 2.461 militares e civis mortos e mais de 20.000 feridos e, infelizmente, isso inclui 13 militares dos EUA mortos na semana passada por um homem-bomba suicida do Estado Islâmico”, avaliou.

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