15/01/2025 às 08h49min - Atualizada em 15/01/2025 às 08h49min

Chuvas impulsionam safra de cana no Brasil e derrubam preços do açúcar

Mercado internacional reflete expectativas de colheita recorde no Centro-Sul na safra 2025/26

- Da redação, com Notícias Agrícolas
Foto: reprodução

O clima favorável no Centro-Sul do Brasil está trazendo boas perspectivas para a safra de cana-de-açúcar 2025/26, mas também impactando os preços do açúcar no mercado internacional. As chuvas frequentes e bem distribuídas desde o final de 2024 têm garantido condições ideais para o desenvolvimento dos canaviais, levando as cotações a recuar até 3,1% na terça-feira (14), nas bolsas de Nova York e Londres.

 

Safra recorde 

 

De acordo com Mauricio Muruci, analista da consultoria Safras & Mercado, as condições climáticas atuais são altamente favoráveis à cultura. “Está tendo intercalação entre semana com chuva e semana com sol. Semana passada foi com chuva, essa semana foi com sol e a semana que vem vai ter chuva novamente”, destacou o especialista.

 

A projeção para a safra de cana no Centro-Sul do Brasil já subiu de 605 milhões de toneladas para 620 milhões de toneladas, com possibilidade de ultrapassar 630 milhões de toneladas na temporada 2025/26. Esse cenário pressiona os contratos futuros do açúcar, refletindo a percepção de maior oferta na próxima safra.

 

Quedas nas cotações

 

Na Bolsa de Nova York, o contrato de março/25 caiu para 18,32 cents por libra-peso, acumulando uma queda de 3,07% no dia e 4,7% na semana. Outras negociações também registraram baixas significativas: o contrato maio/25 recuou 2,96%, julho/25 caiu 2,67%, e outubro/25 fechou em queda de 2,32%.

 

Em Londres, os preços seguiram o mesmo movimento. O contrato março/25 foi negociado a US$ 481,20, registrando uma desvalorização de 3,06%. Contratos para maio e agosto também recuaram mais de 3%, enquanto o outubro/25 caiu 2,67%.

 

Mercado interno

 

No Brasil, os preços do açúcar cristal branco monitorados pelo Cepea Esalq apresentaram uma leve baixa. Em São Paulo, o valor ficou em R$ 158,36 por saca, com queda de 0,89%. No entanto, alguns estados do Nordeste mostraram alta nas cotações: em Alagoas, o preço subiu para R$ 153,04 (+0,96%), enquanto na Paraíba e Pernambuco os valores foram R$ 147,09 e R$ 148,12 por saca, respectivamente.

 

O cenário atual reflete o equilíbrio entre o mercado interno e externo, com o clima influenciando diretamente na oferta e nos preços. As informações completas sobre as cotações e as perspectivas para a safra de cana estão disponíveis nos principais indicadores do setor.

 

 


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