Com o consumo doméstico de feijão estabilizado há pelo menos oito safras, o crescimento da cultura no Brasil depende cada vez mais das exportações. Para 2025, agentes do mercado consultados pelo Cepea/CNA esperam um bom desempenho das vendas externas, impulsionado pelos recordes registrados no ano anterior.
Pesquisadores do Cepea alertam, no entanto, para um cenário desafiador. A produção estimada pela Conab para a safra 2024/25 é de 3,36 milhões de toneladas, um aumento de 3,5% em relação à temporada passada, o que resultará no maior excedente da história: 561,5 mil toneladas. Este volume supera as 551,9 mil toneladas registradas na safra anterior, criando forte pressão sobre as cotações internas.
Diante desse panorama, o escoamento externo será essencial. A Conab projeta exportações de 169 mil toneladas de feijão em 2025. Ainda assim, o estoque final no país pode alcançar 392,5 mil toneladas em dezembro, o maior volume em relação ao consumo interno dos últimos 15 anos. Este cenário reforça a necessidade de estratégias de exportação eficazes para evitar maiores impactos nos preços do produto no mercado interno.
