06/12/2024 às 09h15min - Atualizada em 06/12/2024 às 09h35min

Índice de preço de Alimentos da FAO sobe 0,5% em novembro

POR ESTADÃO CONTEÚDO
ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo, 6 - O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de novembro subiu 0,5% em relação ao mês anterior, alcançando o maior nível desde abril de 2023. A média ficou em 127,5 pontos no décimo primeiro mês do ano. Os avanços nos preços dos lácteos e de óleos vegetais compensaram ligeiramente os recuos das carnes, do açúcar e dos cereais. O índice de novembro deste ano ficou 5,7% acima do registrado em período equivalente de 2023, mas permaneceu 20,4% abaixo do pico de 160,2 pontos alcançado em março de 2022.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 111,4 pontos em novembro, queda de 3 pontos (2,7%) ante outubro e baixa de 9,6 pontos (8%) em comparação com novembro de 2023. Segundo a FAO, os preços do trigo recuam com o aumento da oferta no Hemisfério Sul e as melhores condições para países do Hemisfério Norte em 2025. A demanda mais fraca também pesou. Os preços do milho permaneceram estáveis: do lado baixista estavam a pressão do clima favorável na América do Sul, a demanda mais fraca na Ucrânia e a colheita em andamento nos EUA, enquanto do lado altista estavam a forte demanda doméstica no Brasil e a demanda do México pelo grão dos EUA.

Entre outros grãos, os preços da cevada e do sorgo caíram ligeiramente em novembro. O Índice de Preços do Arroz da FAO caiu 4%.

O levantamento mostrou, ainda, que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais teve média de 164,1 pontos no mês passado, alta de 11,4 pontos (7,5%) ante outubro, e alcançando o nível mais alto desde julho de 2022. Os preços do óleo de palma aumentaram pelo sexto mês consecutivo, mantendo um prêmio sobre óleos alternativos devido a preocupações persistentes sobre uma menor produção do que o esperado, em meio a chuvas excessivas no Sudeste Asiático. Enquanto isso, os preços do óleo de soja subiram com a demanda robusta Da mesma forma, os preços dos óleos de colza e girassol aumentaram com as perspectivas de aperto na oferta global.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 118 pontos em novembro, queda de 0,9 ponto (0,8%) ante outubro, mas 6,6 pontos (5,9%) acima do valor de 2023. A FAO atribuiu o resultado ao recuo dos preços da carne suína, que caíram pelo quinto mês consecutivo. Isso refletiu cotações mais fracas na União Europeia, com a oferta robusta e a demanda global e doméstica moderada. Os preços da carne ovina caíram com movimentos cambiais, apesar da forte demanda. Já o preço da carne de aves foi pressionado pela ampla oferta das principais regiões produtoras. As cotações da carne bovina permaneceram estáveis, com o aumento acentuado nos preços da carne brasileira sendo compensado por preços australianos mais baixos com o menor interesse dos EUA.

O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 139,9 pontos em novembro, alta de 0,9 ponto (0,6%) ante outubro e 23,4 pontos (20,1%) acima do valor de um ano atrás. As cotações de leite em pó, em particular do leite em pó integral, registraram os maiores aumentos, impulsionadas por uma recuperação na demanda e pelo declínio na produção da Europa Ocidental, que compensou o aumento da produção da Oceania. Os preços da manteiga aumentaram pelo décimo quarto mês consecutivo, atingindo um novo recorde devido à forte demanda e aos estoques apertados. Os preços do queijo também subiram, com disponibilidades limitadas para atender à crescente demanda.

De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 126,4 pontos no mês passado, recuo de 3,1 pontos (2,4%) ante outubro, mas 35 pontos (21,7%) abaixo de 2023. O declínio em novembro foi atribuído ao início da temporada de moagem na Índia e na Tailândia, juntamente com preocupações menores com a safra do próximo ano no Brasil. Segundo a FAO, embora o aumento das chuvas nas principais regiões de cultivo brasileiras tenha interrompido o progresso da colheita durante o mês, houve melhora na umidade do solo, "beneficiando a próxima safra após um período prolongado de tempo seco", disse. O real enfraquecido ante o dólar e os preços mais baixos do petróleo também pesaram.


Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
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