A Unesco reconheceu, na quarta-feira (4), os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Trata-se da primeira vez que a técnica de produção de um alimento brasileiro recebe esse título, destacando não apenas o produto, mas também o conhecimento e as práticas tradicionais envolvidos em sua fabricação, mantidas há mais de 300 anos em Minas Gerais.
Produzido em 106 municípios mineiros com leite cru, o Queijo Minas Artesanal já havia sido reconhecido em 2008 como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A aprovação pela Unesco ocorreu durante a 19ª Sessão do Comitê Para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, realizada em Assunção, no Paraguai, após pedido oficial do Iphan em março de 2023.
Leandro Grass, presidente do Iphan, ressaltou que o título celebra a ligação humana com o queijo, representando a história do Brasil e da agricultura familiar. Já a ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que o reconhecimento preserva “a memória e a sabedoria do nosso povo”.