Com o objetivo de fortalecer sua segurança alimentar e reduzir a dependência das importações de grãos, especialmente dos EUA e Brasil, a China lança um ambicioso plano quinquenal para modernizar e expandir sua produção agrícola. Previsto para ser implementado até 2028, o programa inclui a criação de uma plataforma nacional de big data agrícola e o uso intensivo de tecnologias digitais para incrementar a produtividade, conforme anunciou o Ministério da Agricultura chinês.
A China, que já é o maior produtor de grãos do mundo, prevê uma colheita recorde de 700 milhões de toneladas neste ano. No entanto, o plano de ação se concentra em digitalizar desde fazendas até a pecuária e a pesca, visando diminuir custos, aumentar a eficiência e reduzir a necessidade de importação de mais de 100 milhões de toneladas de soja e outros grãos que o país compra anualmente.
Com investimentos em big data, GPS e inteligência artificial, o governo chinês espera aprimorar a eficiência produtiva e apoiar a modernização de maquinários agrícolas, além de promover pesquisas para impulsionar a agricultura inteligente. A medida representa um marco na estratégia agrícola chinesa, que já enfrenta desafios ambientais e limitações de recursos naturais, na tentativa de sustentar a maior população do mundo com produção doméstica.
