25/10/2024 às 11h01min - Atualizada em 25/10/2024 às 11h01min

Suplementação com aditivos zootécnicos ajuda a melhorar o ganho de peso dos animais

Uso de suplementos para mistura também se destaca como estratégia para redução de custos na pecuária

André Luiz Casagrande
Foto: Divulgação / Embrapa
Uma das estratégias usadas pelos pecuaristas que se preocupam com o bem-estar e a sanidade dos animais, a suplementação tem sido implementada para garantir bons resultados no desempenho do rebanho. Porém, seu uso ainda é um investimento bastante considerável dentro do sistema produtivo, por isso, é preciso que o produtor fique atento ao tipo de suplemento que utiliza e aos resultados alcançados com a sua adoção.
 
Diante desse cenário, a escolha de produtos e de empresas confiáveis é o passo inicial para garantir bons resultados. Uma tendência atual de mercado tem sido o uso de suplementos para mistura, que são divididos entre premix, núcleos e concentrados.
 
Conforme avalia o zootecnista e consultor Técnico da Connan, Lucas Barbosa Kondratovich, uma suplementação adequada, com produtos idôneos e de qualidade, garante ao rebanho um desenvolvimento saudável e eficiente, fazendo com que os animais utilizem os alimentos, seja a pastagem ou dieta completa, de forma satisfatória, usufruindo ao máximo os nutrientes. “Assim, ao se aproveitar melhor os alimentos fornecidos, a eficiência produtiva do rebanho aumenta, tornando-o uma produção sustentável”, destaca.
 
As principais diferenças entre o uso das tecnologias
De acordo com o zootecnista, esses produtos têm por função complementar a parte mineral da dieta do animal. “Os premix são constituídos apenas de microminerais, podendo conter vitaminas e aditivos. Já os núcleos, possuem em sua composição macro e microminerais, podendo ainda constituir de vitaminas, aditivos e ureia pecuária”, explica.
 
Já os concentrados, segundo ele, têm em sua formulação micro e macrominerais, ureia pecuária e farelos proteicos, que são diluídos apenas nos farelos energéticos (milho, sorgo, casca de soja, entre outros), antes de serem fornecidos aos animais.
 
O zootecnista informa que esses tipos de produtos devem ser diluídos a outros ingredientes para serem fornecidos aos animais, ou seja, não podem ser fornecidos diretamente, devido aos seus níveis nutricionais serem mais concentrados do que as necessidades dos bovinos.
 
“O nível de inclusão nas misturas varia de acordo com a tecnologia escolhida, sendo os menores para premix (0,1% a 1%), inclusões intermediárias para os núcleos (1% a 25%) e inclusões mais altas para os concentrados (10% a 50%)”, orienta Kondratovich.
 
Impacto da gestão suplementar no desempenho dos animais
Para escolha do suplemento a ser utilizado, o profissional comenta que o produtor deve considerar a facilidade de aquisição de insumos, o aproveitamento de produtos regionais, estocagem e capacidade de mistura, bem como oportunidades de mercado.
 
“Um ponto determinante que auxilia na escolha do suplemento é a capacidade e a qualidade de mistura da fábrica de ração, para que se tenha uma mistura homogênea. Se a mistura for realizada em um vagão misturador, produtos de maior inclusão na fórmula são recomendados”, orienta.
 
Segundo ele, a qualidade da mistura é determinante para que haja um consumo regular das porções diárias necessárias de cada nutriente ofertado ao rebanho, atendendo as exigências nutricionais, de acordo com os requerimentos formulados. “Com um suplemento formulado, fabricado e ingerido de maneira adequada, a saúde e o desempenho do rebanho serão potencializados, assim como os aspectos econômicos”, ressalta.
 
Por fim, Kondratovich cita que, para conseguir melhores resultados na suplementação do rebanho e garantir o bem-estar dos animais, a mão de obra necessária para a mistura de suplementos, rações e dietas deve ser treinada e capacitada para obter um produto com qualidade de mistura adequada, com coeficiente de variação menor que 10% do esperado.
 
“Ou seja, é necessário que haja uma padronização nas misturas dos ingredientes, produzindo assim, misturas homogêneas, e garantindo o fornecimento adequado de nutrientes para os animais”, conclui o zootecnista.

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