O Brasil alcançou em setembro de 2024 a exportação de 485 mil toneladas de carne de frango, tanto in natura quanto processada, marcando um aumento de 22% em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), esse volume representa o segundo maior já registrado na história do setor, ficando atrás apenas de março de 2023, quando foram embarcadas 514,6 mil toneladas.
A receita das exportações de frango em setembro alcançou US$ 953,8 milhões, um crescimento de 32,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Este montante também é o segundo maior já registrado, ligeiramente abaixo do recorde de março de 2023, que foi de US$ 980,5 milhões. Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que o crescimento registrado inverteu a tendência dos meses anteriores, colocando o setor em uma trajetória positiva até o final do ano. O aumento dos preços médios e do volume exportado foram fatores impulsionadores dos resultados financeiros do mês.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, o Brasil exportou 3,92 milhões de toneladas de carne de frango, um aumento modesto de 0,6% em relação ao ano anterior. Contudo, a receita total caiu 4%, totalizando US$ 7,27 bilhões. A China foi o principal destino das exportações brasileiras, com 55,1 mil toneladas enviadas em setembro, embora este volume tenha sido 3,4% menor que o registrado no mesmo mês de 2023. Países como Emirados Árabes Unidos, Japão e União Europeia apresentaram aumentos significativos em suas compras.
Enquanto isso, as exportações brasileiras de carne suína fresca, refrigerada ou congelada também apresentaram resultados impressionantes. Em apenas quatro dias úteis de outubro de 2024, o faturamento das exportações de carne suína já alcançou 30,06% do total registrado em todo o mês de outubro de 2023, totalizando US$ 56,747 milhões. O volume exportado foi de 22,389 toneladas, representando 27,12% do total embarcado no mesmo mês do ano passado. A média diária de faturamento subiu 57,8%, com um preço por tonelada exportada de US$ 2.534, alta de 10,8% em relação ao ano anterior.
O cenário positivo nas exportações de carne bovina e suína indica um fortalecimento das relações comerciais com mercados importantes e de alto valor agregado, sinalizando um final de ano promissor para o setor.