Se recuperando de enchentes, Rio Grande do Sul enfrenta crise na produção pecuária

Produtores enfrentam escassez de recursos, perda de pastagens e animais, e pedem apoio emergencial do Governo

Foto: Agência Brasil

As intensas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 causaram danos em quase todo o estado, afetando gravemente a pecuária. Segundo a Emater-RS, os prejuízos foram expressivos, principalmente nos vales do Taquari, Caí, e Rio Pardo, com perdas em bovinos de leite e corte, suínos e aves. As dificuldades incluem desde a necessidade de reconstrução de instalações até a reposição de animais e recuperação do solo.
 
O setor pecuário enfrenta desafios persistentes, como a reconstrução de pastagens, atrasos nos ciclos de produção e escassez de recursos. De acordo com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul), o sistema CNA destinou R$ 100 milhões para o apoio emergencial. No entanto, pecuaristas ainda enfrentam dificuldades com dívidas e custos elevados de produção, como no caso da pecuária leiteira, que já passava por uma crise antes das enchentes.
 
O cenário se repete no setor de corte, que teve o ciclo produtivo impactado, levando o Estado a depender de carne de fora para atender à demanda. O setor avícola, além dos danos causados pelas chuvas, lida agora com um novo obstáculo: um foco de doença viral que pode comprometer as exportações.
 
Mesmo com promessas de ajuda, a falta de recursos efetivos deixa o setor à beira de um colapso. O apelo dos produtores é claro: fomento imediato, desburocratização e apoio governamental são cruciais para evitar o colapso completo da pecuária gaúcha.