21/07/2021 às 15h30min - Atualizada em 21/07/2021 às 15h30min

Variante delta já está em 124 países e logo será predominante no mundo

A variante delta, mais contagiosa do que a cepa original do vírus que causa a covid-19, já está circulando em 124 países e se tornará predominante globalmente nos próximos meses, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira.

Em um relatório sobre a situação da pandemia no mundo, a OMS disse que a variante foi detectada em mais 13 países desde a divulgação do último boletim na semana passada. Mais 3,4 milhões de casos de covid-19 foram registrados no período, uma alta de 12% em relação aos sete dias anteriores. O total de mortes ficou estável, em cerca de 57 mil.

Outras três “variantes de preocupação” também estão se espalhando. A alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, está agora em 180 países, contra 172 da semana anterior. A beta, descoberta na África do Sul, chegou a 130 países, oito a mais do que no último boletim. Já a gama, como agora é conhecida a mutação brasileira, está circulando em 78 países.

A OMS diz no relatório que o aumento dos casos em várias partes do mundo parece estar relacionado com o fato dessas variantes serem mais contagiosas do que a cepa original do Sars-CoV-2. Além disso, o vírus está circulando com mais facilidade por causa do relaxamento das medidas de saúde pública e da alta nos contatos sociais.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos disse ontem que a variante delta já é responsável por 83% dos novos casos de covid-19. Hoje, o primeiro-ministro da França, Jean Castex, revelou que a mutação já se tornou predominante no país. Na Ásia, a cepa detectada inicialmente na Índia está causando recordes de mortes e casos.

Autoridades de todo o mundo dizem que a maior parte dos casos causados pelas variantes está ocorrendo entre pessoas não vacinadas, o que ressalta a necessidade de acelerar as campanhas de imunização contra o vírus.

No relatório de hoje, a OMS voltou a criticar a desigualdade na distribuição das vacinas, lembrando que milhões de pessoas em todo o mundo continuam mais expostas ao vírus por causa da concentração de doses nos países mais ricos.

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