O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda-feira,12, novas estimativas que influenciam o mercado de soja e milho. A agência elevou suas previsões de produção para ambos os grãos, resultando em uma queda nos preços futuros da soja em Chicago e um ajuste nos contratos de milho.
A previsão para a safra de soja de 2024/25 foi ajustada para um recorde histórico de 4,589 bilhões de bushels, superando as expectativas do mercado e a estimativa do mês passado. Em resposta, o futuro da soja para novembro caiu 1,45%, sendo negociado a US$ 9,88 por bushel por volta das 16h19.
Em relação ao milho, o USDA projeta uma safra de 15,147 bilhões de bushels para 2024/25, tornando-a a terceira maior da história dos EUA. Apesar do aumento na oferta, o contrato de dezembro do milho subiu 1,71%, sendo negociado a US$ 4,01, impulsionado pela revisão para baixo nos estoques finais.
Os estoques finais de soja para 2024/25 foram revisados para 560 milhões de bushels, superando as previsões anteriores e os 435 milhões de bushels de julho. Para o milho, os estoques finais foram ajustados para 2,073 bilhões de bushels, abaixo dos 2,097 bilhões esperados em julho e das previsões dos analistas.
Jake Hanley, diretor da Teucrium Trading, comentou sobre a reação do mercado: “É uma revisão monstruosa para a soja, e isso vai pegar as pessoas desprevenidas — e é por isso que o mercado está reagindo da maneira que está.”
O USDA manteve suas previsões para a nova safra de soja do Brasil em 169 milhões de toneladas e para o milho em 127 milhões de toneladas. A partir de outubro, o foco estará nas safras da América do Sul, com especial atenção para o Brasil e Argentina. Há expectativa de uma "super safra sul-americana" se o clima favorável persistir, o que poderia pressionar os preços da soja para baixo, possivelmente abaixo de US$ 9 em 2025.
Gutierrez, analista de mercado, prevê que “a tendência é de área maior no Brasil e na Argentina, e se o clima continuar favorável, os preços podem cair para algo em torno de US$ 9,50 ou até US$ 9.”
Essa situação do mercado ressalta a importância de acompanhar as condições climáticas e as políticas agrícolas que podem impactar as ofertas globais e os preços das commodities.