Foto: reprodução Confirmando as previsões, áreas de cultivo de café arábica na Alta Mogiana-SP e no Cerrado Mineiro amanheceram com registros de geada no último domingo, 11. Segundo relatos dos produtores, embora o impacto seja menor do que em 2021, a preocupação permanece devido ao frio intenso esperado para a próxima terça-feira.
Na Alta Mogiana-SP, o produtor Felipe Raucci compartilhou imagens de suas lavouras cobertas de gelo. "Dessa vez fez ainda mais frio, totalmente congelado. Nossas lavouras estavam se recuperando bem", disse. Cerca de 15 hectares foram atingidos pela geada, uma área bem menor comparada aos 60% de produção comprometidos em 2021.
No Cerrado Mineiro, Juliano Tarabal, da Federação dos Cafeicultores, relatou geadas em microrregiões como Rio Paranaíba, Tapira, Pratinha, Patrocínio e Araxá, principalmente em áreas de baixada. Em Patrocínio/MG, as temperaturas chegaram a 1.9ºC por volta das 5h, com algumas áreas registrando mínimas ainda mais baixas, segundo o produtor Antonio Sérgio. A extensão dos danos ainda está sendo avaliada, mas a expectativa de frio mais intenso nos próximos dias mantém os cafeicultores em alerta.
Brasil registra avanço significativo nas exportações de café em julho
A colheita da safra de café 2024/25 no Brasil avança de forma acelerada, alcançando 92% da produção até o dia 6 de agosto, segundo monitoramento semanal da SAFRAS. Esse percentual é superior aos 86% registrados no mesmo período do ano passado e à média dos últimos cinco anos, que é de 89%.
O café conilon está quase totalmente colhido, com 99% da produção concluída, superando tanto o ano passado (96%) quanto a média histórica (98%). Já o café arábica teve 88% da colheita finalizada, um avanço significativo em relação aos 80% do ano anterior e à média de cinco anos (85%). De acordo com o analista e consultor Gil Barabach, a rápida progressão das atividades sugere que a colheita deve ser concluída mais cedo neste ano.
Além do avanço na colheita, o Brasil também registrou um aumento nas exportações de café em julho de 2024. No mês, foram exportadas 3,371 milhões de sacas de 60 quilos, gerando uma receita de US$ 831,658 milhões. Comparado a julho de 2023, a receita média diária com as exportações aumentou 61,5%, o volume médio diário embarcado cresceu 44%, e o preço médio por saca subiu 12,1%, atingindo US$ 246,70, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
