09/08/2024 às 09h14min - Atualizada em 09/08/2024 às 09h14min

Embarques de soja em agosto devem alcançar até 8,184 milhões de toneladas, diz Anec

Safra cheia nos EUA pressiona preços da soja no Brasil

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução
 

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) prevê que os embarques de soja em grão no Brasil durante o mês de agosto devem variar entre 7,5 milhões e 8,184 milhões de toneladas. Esse volume é inferior ao registrado em julho, quando os embarques atingiram 9,594 milhões de toneladas, mas pode superar levemente o desempenho de agosto de 2023, que somou 7,608 milhões de toneladas.

 

Além da soja, a Anec projetou que as exportações brasileiras de milho para agosto devem alcançar entre 5,588 milhões e 7 milhões de toneladas. Embora esse volume seja maior do que o exportado em julho (4,707 milhões de toneladas), fica abaixo dos 9,262 milhões de toneladas registrados em agosto do ano passado. Não foram divulgadas estimativas para as exportações de trigo.

 

No relatório semanal, a Anec destacou que, entre os dias 28 de julho e 3 de agosto, o Brasil exportou 1,164 milhão de toneladas de soja, 183,2 mil toneladas de farelo de soja e 453,9 mil toneladas de milho. Para a semana de 4 a 10 de agosto, a previsão é de embarques de 2,367 milhões de toneladas de soja, 493,3 mil toneladas de farelo e 1,558 milhão de toneladas de milho.

 

Safra cheia nos EUA pressiona preços da soja no Brasil

 

O mercado brasileiro de soja enfrentou dificuldades nesta quinta-feira, 8, com poucas ofertas e queda nos preços. A combinação entre a desvalorização do dólar e as condições favoráveis para uma safra cheia nos Estados Unidos impactou negativamente as cotações, afastando os produtores.

 

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu para R$ 131, enquanto em Cascavel (PR) recuou para R$ 129. No Porto de Rio Grande, o preço foi reduzido para R$ 137, e em Paranaguá (PR), para R$ 136. As cotações também caíram em Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Rio Verde (GO), refletindo a pressão do mercado internacional.

 

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva, com a posição de setembro caindo para US$ 9,93 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve cortar as estimativas para a safra e os estoques finais dos EUA, aumentando a pressão sobre o mercado global.

 

O dólar comercial, por sua vez, encerrou a sessão em queda de 0,9%, sendo negociado a R$ 5,5736 para venda, o que contribuiu ainda mais para a queda nos preços da soja no Brasil. A combinação de fatores internos e externos deve continuar a influenciar as cotações nas próximas semanas.

 

 


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