A safra de trigo no Paraná deve atingir 3,61 milhões de toneladas em 2024, uma redução de 1% em relação às 3,64 milhões de toneladas colhidas no ano passado, segundo a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) na quinta-feira, 25. A queda na produção é atribuída principalmente às condições climáticas adversas, com uma estiagem prolongada que afetou particularmente a região Norte, limitando o desenvolvimento das lavouras e resultando em espigas menores.
“Apesar dos indicativos de perda, cabe ressaltar que a colheita ainda não começou, o que torna difícil a projeção com segurança do volume a ser obtido,” explicou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, as colheitadeiras devem entrar em campo a partir de agosto, começando pelas áreas mais afetadas pela estiagem. “A partir dos resultados dessas áreas haverá maior confiabilidade nos números,” destacou Godinho.
Enquanto o trigo sofreu impacto significativo, outros grãos de inverno no estado, concentrados nas regiões Sul e Sudoeste onde a seca não foi tão severa, podem apresentar produções dentro do projetado inicialmente.
Milho
A colheita do milho segunda safra 2023/24 avança rapidamente no Paraná, com 76% da área de 2,5 milhões de hectares já colhida, um percentual expressivo em comparação à média de 30% nas últimas dez safras para o mês de julho. “Um percentual tão expressivo como esse em julho nunca foi observado, mas nesta safra pode ser considerado normal, visto ter sido possível o plantio já no início do zoneamento agrícola,” afirmou Edmar Gervásio, analista da cultura no Deral.
Apesar de uma expansão de 5% na área plantada, a produção estimada de milho segunda safra é de 12,96 milhões de toneladas, uma queda de 9% em relação às 14,26 milhões de toneladas colhidas na safra anterior. As perdas são atribuídas às condições climáticas adversas que afetaram o desenvolvimento das lavouras.