Os caminhoneiros podem começar uma paralisação no próximo domingo (25). A informação é de várias associações que reúnem caminhoneiros e do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). A categoria está descontente devido à falta de cumprimento de promessas feitas pelo governo Bolsonaro.
Parte da categoria não aceita os recentes aumentos de óleo diesel. Uma outra insatisfação que pode levar à paralisação é o fim da isenção PIS/Cofins sobre o diesel, os preços dos insumos para transporte de carga e a inexistência de fiscalização do piso mínimo do frete. Várias entidades já decidiram que devem parar a partir de domingo, mas elas ainda farão reuniões ao longo da semana. O quadro pode mudar.
O objetivo inicial é começar a paralisação no domingo, dia 25, e fazê-la aumentar e crescer a partir da segunda-feira e nos dias subsequentes.
Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional de Transportes de Cargas afirma que enviou ao governo central 387 ofícios desde o início do ano com as reivindicações da categoria. Uma delas, o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobrás para combustíveis, maior fiscalização nas estradas para cumprimento de piso mínimo de frete e a aposentadoria especial para motoristas.
O descrédito e desconfiança aumentam diante de promessas não cumpridas, dizem. Após uma mobilização em maio deste ano, o governo lançou um pacote destinado à categoria chamado Gigantes do Asfalto”. Entre as medidas, está a criação do Documento Eletrônico de Transporte. A medida consta de Medida Provisória aprovada na Câmara Federal. Segue para o Senado.
O Documento Eletrônico vai unificar documentos exigidos hoje no transporte de carga. A categoria entendeu, naquela oportunidade, que o anúncio da medida foi para acalmar a categoria. Os caminhoneiros cobram uma série de ações que foram anunciadas e nunca realizadas.
José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transporte do Brasil, disse que a entidade apoia a paralisação, mas que a categoria ainda está conversando sobre o assunto. Ele disse que várias reuniões estão acontecendo em todo o país. Vamos ver a decisão da maioria da categoria. O que a maioria decidir, estaremos juntos e apoiando”.
O Conselho Nacional de Transporte se reuniu em maio com o presidente da Petrobrás, general Joaquim Silva e Luna, mas informa que até agora os representantes da categoria não receberam nenhuma resposta das reivindicações. Segundo as lideranças, desta vez o movimento tem mais chance de sucesso do que na paralisação anterior. Ele diz que antes os caminhoneiros viam a paralisação como um ato contra o governo. Hoje, veem como necessidade de sobrevivência..
Da Redação (Fonte: Portal DBO)