Três casos suspeitos de Doença de Newcastle (DNC) foram descartados após análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP). As amostras foram coletadas na sexta-feira, 19, em propriedades localizadas na zona de proteção estabelecida pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do Rio Grande do Sul, em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O ministro Carlos Fávaro enfatizou a eficácia da operação, ressaltando que o transporte rápido das amostras pelo Governo — envolvendo a Casa Civil, o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira (FAB) — permitiu a realização das análises de RT-PCR em tempo recorde, excluindo a possibilidade de novos focos de infecção. “Esse esforço conjunto é fundamental para a contenção do evento sanitário”, afirmou Fávaro.
Em nota, o Mapa declarou que os resultados negativos são um indicativo positivo para a rápida resolução da situação, além de reforçar a robustez do sistema de defesa agropecuária brasileiro. O ministro também destacou a importância da transparência na comunicação, seguindo um pedido do presidente Lula, para tranquilizar a população e os países importadores sobre a segurança dos produtos avícolas.
Com base no Plano Nacional de Contingência para DNC, barreiras sanitárias estão sendo instaladas na região do Vale do Taquari para controlar a movimentação de aves. As investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o Rio Grande do Sul, com o objetivo de monitorar a situação de forma eficaz.
O Mapa tranquilizou a população, afirmando que o consumo de carne de frango e ovos, inclusive da região afetada, permanece seguro. Os produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) estão livres de contraindicações, garantindo a saúde pública e a segurança alimentar.
A Doença de Newcastle é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, apresentando sintomas respiratórios, neurológicos e gastrointestinais. Embora tenha sido notificada obrigatoriamente à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006, em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.