O vazio sanitário da soja no Rio Grande do Sul, estabelecido pela portaria SDA/Mapa, começa a valer nesta quarta-feira, 3. Este período, que se estende até 30 de setembro de 2024, proíbe a manutenção de plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em todas as regiões do estado, abrangendo 90 dias de controle fitossanitário rigoroso.
A medida, instituída pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), é uma estratégia essencial para combater a ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. A doença é uma das mais severas que afetam a cultura da soja, podendo causar perdas de 10% a 90% na produção, dependendo da região.
A partir de 1º de outubro deste ano até 28 de janeiro de 2025, será permitida a semeadura da soja referente à safra 2024/25 no estado. O novo calendário elimina as três zonas de períodos diferenciados que existiam anteriormente no Rio Grande do Sul, uniformizando o período de plantio.
Segundo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a mudança foi decidida após uma reunião de alinhamento entre o Mapa, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e a Seapi. "Não havia medida muito efetiva para manutenção deste calendário, e os outros estados teriam influência do ponto de vista fitopatológico e epidemiológico", explicou Felicetti.
A uniformização do calendário de semeadura garante que todos os produtores tenham um período de plantio ampliado, assegurando ao mesmo tempo a eficácia do vazio sanitário.