O mercado de soja no Brasil enfrentou um período desafiador em junho, marcado pela queda significativa dos contratos futuros em Chicago, mesmo com a valorização do dólar. A desvalorização dos contratos na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), especialmente para os contratos com vencimento em novembro, que registraram uma perda acumulada de 6,3%, influenciou diretamente nas cotações internas da oleaginosa no país.
Apesar dos benefícios trazidos pela alta do dólar, que alcançou valores superiores a R$ 5,55 no último dia do mês, o mercado enfrentou pressões vindas do exterior. O bom desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos contribuiu para a queda dos preços, refletindo um cenário de oferta global confortável, mesmo diante de desafios climáticos pontuais como temperaturas elevadas e inundações.
No Brasil, as cotações da soja mostraram variações. Em Passo Fundo-RS, a saca de 60 quilos recuou para R$ 133,00, enquanto em Cascavel-PR baixou para R$ 128,50. Em Rondonópolis-MT, o preço manteve-se estável em R$ 125,00, e no Porto de Paranaguá, houve leve queda para R$ 139,00 por saca.
A conjuntura atual aponta para um cenário desafiador para os produtores brasileiros, que além das oscilações de mercado, enfrentam também condições climáticas adversas em algumas regiões produtoras do país.